domingo, 14 de abril de 2013

DEPUTADO PROPÕE DIFICULTAR MAIS O CONSUMO DE CIGARRO NA BAHIA

Um Projeto de lei apresentado à Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) pretendendo restringir ainda mais o uso de cigarros, cachimbos, charutos e outros similares em ambientes coletivos na Bahia deve causar muita polêmica nos próximos dias. Mas é  importante saber que em nível nacional, já existe a restrinção e a questão é regulamentada por uma Lei de 96, que proíbe o uso dos produtos em ambientes coletivos fechados, privados ou públicos.
As exceções são as áreas destinadas para o consumo, desde que isoladas e ventiladas - também conhecidas como fumódromos. Com o Projeto de Lei, o deputado da Bahia pretende fazer mais restrições ao consumo dos produtos, proibindo-os até nos fumódromos.

Segundo Targino Machado (PSC), que é médico e autor do PL, a proposta prevê ainda a criação de ambientes de uso coletivo destes produtos. "Sou um médico e ex-fumante que conhece bem os efeitos maléficos do cigarro. Existem vários estudos científicos que estabelecem a relação do uso do tabaco com problemas de saúde", pontua o parlamentar.
A lei é aplicada aos recintos de uso coletivo, total ou parcialmente fechados, onde haja permanência ou circulação de pessoas, como teatros, cinemas, bares e lanchonetes. A proposta não se aplica em cultos religiosos em que o produto fumígeno faça parte do ritual, vias públicas, residências, quartos e suítes de hotéis e pousadas, tabacarias, produções teatrais e locais de filmagens audiovisuais. Ainda não há data prevista para a votação do projeto.

Multas - O projeto não agradou usuários do tabaco, como o comerciante Edno Rodrigues, 34. "Já temos diversas proibições. Se continuar assim, vão querer nos proibir de fumar até em nossas casas", afirmou.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia - Seção Bahia (SBC-BA), Augusto Almeida, afirma que o uso de tabaco aumenta as chances de uma pessoa desenvolver uma doença cardíaca. Já o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes - seção Bahia (Abrasel), Luiz Henrique do Amaral, acha que deve haver mais discussão. "As pessoas já respeitam e convivem tranquilamente com a regulamentação atual. Devemos ter cuidado para não segregar demais", opina.
A proposta estabelece que os proprietários ou responsáveis pelos estabelecimentos e veículos de transporte coletivo devem fiscalizar para que a infração não seja praticada nesses locais. No caso do descumprimento da lei, os espaços ficam sujeitos a multa, que deverá ser fixada em quantia entre 1,6 mil e 16 mil Ufirs.
*Do A Tarde.

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